domingo, 27 de setembro de 2009

Tropicalismo ou Tropicália


Tropicalismo foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música; manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas, o cinema e o teatro brasileiro. Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".

O movimento surgiu da união de uma série de artistas baianos, no contexto do Festival de Música Popular Brasileira promovidos pela Rede Record, em São Paulo e Globo, no Rio de Janeiro.

Um momento crucial para a definição da Tropicália foi esse festival, no qual Caetano Veloso interpretou "Alegria, Alegria" e Gilberto Gil, ao lado dos Mutantes, "Domingo no Parque". No ano seguinte, o festival foi integralmente considerado tropicalista. No mesmo ano foi lançado o disco Tropicália ou Panis et circensis, considerado quase como um manifesto do grupo.

Quando se realizou o III Festival de Música Popular Brasileira, apareceram várias composições que tiveram enorme êxito junto ao público brasileiro e entre elas estavam Domingo no Parque, de Gilberto Gil e Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, que seriam o carro-chefe do tropicalismo, surgido "mais de uma preocupação entusiasmada pela discussão do novo do que propriamente como movimento organizado".

O tropicalismo teve como preocupação principal os problemas sociais do país, aliada a uma ideologia libertadora, a um inconformismo diante da maneira de viver do povo brasileiro, o que gerou uma crescente onda de participação popular, em face dos agravantes problemas por que sofria a nação.

Os responsáveis diretos pelo tropicalismo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Tom Zé, Rogério Duprat e outros, sem dúvida alguma, deram um salto a mais na modernização da música popular, buscando formas alternativas de composição e explorando uma concepção artística de mudança radical, dentro de um clima favorável. Foi impressionante sua importância nesse sentido, pois, sendo o último grande movimento realizado no país, deixou marcas que seriam cultivadas com o amadurecimento de seus próprios criadores e daqueles que seguiram sua linha de pensamento.

Em fins de 1968, Gil e Caetano Veloso, cuja importância no Brasil era, e é, de certa forma comparável à de John Lennon e Paul McCartney no mundo anglófono, foram presos pelo regime militar brasileiro instaurado após 1964 devido a supostas atividades subversivas, de que foram taxados. Ambos exilaram-se por ocasião do AI-5 (Ato Institucional 5) do governo militar em vigência no Brasil a partir de 1969 em Londres.

Caetano Veloso e Gilberto Gil, líderes do tropicalismo, também estavam entre aqueles que tiveram cerceadas suas carreiras no Brasil, em seu período mais repressivo. Através de músicas de protesto e do próprio tropicalismo, lançaram a semente da conscientização e agitaram a opinião pública, sendo então enquadrados na lei de segurança nacional e expulsos do país. Seguiram para Londres, onde, segundo alguns fãs, viveram uma de suas melhores fases, no setor artístico. Compondo em inglês, conquistaram facilmente o público europeu; livres da influência da repressão, puderam deixar fluir em suas composições toda liberdade de expressão a que tinham direito. Somente retornariam ao solo pátrio, em 1972. Apresentando-se no programa Som Livre Exportação, declararam publicamente que continuariam trabalhando em prol da música popular brasileira.
Por: Matheus Oliveira 9º ano E
Caroline Botelho 9º ano E
Natália Fernandes 9º ano E

Fontes: http://tropicalia.uol.com.br/site/internas/movimento.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilberto_Gil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tropic%C3%A1lia

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